segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

carta de agradecimento

hoje a noite estava jogada no chão montando o super quebra cabeças de 120 peças juntamente com meu irmão quando uma chamada na televisão me chamou a atenção.
era uma mais uma reportagem do Fantástico na qual havia um estudo  que explicava como a gratidão influenciava  na vida das pessoas.
aquelas pessoas sendo agradecidas umas com as outras realmente me comoveu. daí pensei, por quê não faço o mesmo?
e cá estou eu, quase três horas da manhã do último domingo do ano escrevendo essa carta. ela não tem um destinatário específico, ela serve como forma de agradecimento a todos que fizeram parte do meu dia-a-dia de dois mil e quinze.
gratidão por aquelas pessoas que trabalham duro para que eu consiga chegar na faculdade, que eu tenha o que comer, pessoas que trabalham para que são paulo continue sendo a terra onde as coisas acontecem, onde as oportunidades existem.
gratidão a meus pais que me criaram e me fizeram chegar aonde eu estou, que acreditam em mim e sempre torcem para minha felicidade.
gratidão ao moço da catraca da consolação, que gentilmente (e sem pedir nada em troca) passou seu bilhete unico para que minha amiga embarcasse (aquele ato tão singelo mas que me deixou grata por dias).
gratidão ao moço do metrô na linha 4- amarela que, ao perceber uma moça chorando por uma possível desilusao amorosa tirou de sua mochila um balão e uma bomba de ar e transformou aqueles minutos em momentos de alegria.
gratidão a todas as pessoas que me ajudaram a ser quem eu sou, a enxergar o mundo da maneira como eu enxergo, aos filmes que vi, aos livros que li ( milan kundera, mil vezes obrigada) enfim, gratidão!
sorte daqueles que percebem como a gratidão pode ser o mais lindo e puro  dos sentimentos.
(eu? eu continuo tentando sentir esse sentimento em todos os momentos da minha vida)
obrigada 2015!

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

passarinho

ser humano é tão egoista...
faz questão de manter passarinho preso ao invés de deixá-lo voar.
que mania feia essa de tentar prender o que é do mundo.
ah, seu eu pudesse levantar voo contigo passarinho

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

trezentos e tantos dias

doismilequinze. ano ímpar. ano de acontecimentos desagradáveis. ano do desespero. ano da solidão.
nesses trezentos e poucos dias vivi sentimentos que eu nem lembrava mais a sensação  (ou até mesmo nem sabia que existia). fui da extrema felicidade a extrema tristeza em minutos. eita ano difícil de conciliar. quase integrável. respira, já estamos em novembro. ano veloz esse; só não passou despercebido devido ao misto de sentimentos. calma mocinha, já se passaram trezentos e tantos dias. olha aí doizmiledezesseis. 

 

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

solidão?

eu nunca fui muito de ser rodeada por pessoas, amigos e colegas. sempre fui na minha e passei toda minha vida assim, muito bem obrigada! 
eu gosto de ser sozinha, faz bem pra alma, faz bem pra pele e faz bem (principalmente) para lágrimas.
mas ultimamente isso vem me incomodando, não sei o quanto mas essa estranha sensação de estar sozinha o tempo todo me intriga. 
estranho mesmo é pensar sobre essa tal de solidão. seria o meu destino ser sozinha? será que é destino de todos serem sozinhos? o quê, afinal, me incomoda tanto com esse status já tão bem conhecido? 
muitas perguntas, outra tantas sem respostas.

Daqueles escritos achados pela internet ....

Tenho quebrado copos

Tenho quebrado copos
é o que tenho feito
raramente me machuco embora uma vez sim
uma vez quebrei um copo com as mãos
era frágil demais foi o que pensei
era feito para quebrar-se foi o que pensei
e não: eu fui feita para quebrar
em geral eles apenas se espatifam
na pia entre a louça branca e os talheres
(esses não quebram nunca) ou no chão
espalhando-se então com um baque luminoso
tenho recolhido cacos
tenho observado brevemente seu formato
pensando que acontecer é irreversível
pensando em como é fácil destroçar
tenho embrulhado os cacos com jornal
para que ninguém se machuque
como minha mãe me ensinou
como se fosse mesmo possível
evitar os cortes
(mas que não seja eu a ferir)
tenho andado a tentar
não me ferir e não ferir os outros
enquanto esgoto o estoque de copos
mas não tenho quebrado minhas próprias mãos
golpeando os azulejos
não tenho passado a noite
deitada no chão de mármore
estudando as trocas de calor
não tenho mastigado o vidro
procurando separar na boca
o sabor do sangue o sabor do sabão
nem tenho feito uma oração
pelo destino variado
do que antes era um
e por minha força morre múltiplo
tenho quebrado copos
para isso parece deram-me mãos
tenho depois encontrado
cacos que não recolhi
e que identifico por um brilho súbito
no chão da cozinha de manhã
tenho andado com cuidado
com os olhos no chão
à procura de algo que brilhe
e tenho quebrado copos
é o que tenho feito

Ana Martins Marques

domingo, 5 de abril de 2015

Apenas: pedido de aniversário

Hoje é dia de completar mais um ano de vida, mais um apagar de velas. Não gosto de comemorações, definitivamente não gosto; acho que nunca fui realmente fã porque sempre acabei criando um mar de expectativas em cima de um dia que no fundo é apenas mais um dia.Mas parece que tive minha surpresa de aniversario, ainda que ela não tenha me agradado nem um pouco.

A vida é feita de momentos e cabe a cada um de nós darmos o devido valor a eles. Hoje eu quero e vou fazer com que você seja apenas uma lembrança. Nem boa, nem ruim, apenas uma lembrança que eu não quero e nem posso reviver... não agora.

Não te desejo infelicidade ou felicidade, apenas não quero e não vou desejar nada para você, afinal, você agora é apenas uma lembrança na minha vida e para lembranças não recaem desejos ou votos de felicidade, apenas um espacinho na memória, quiçá no coração.

Hoje meu pedido de aniversário foi diretamente ligado a você, sabia? Eu pedi com todas as forças para que você se transforme apenas em lembranças, que não me machuque mais e que nem faça parte dos meus mais loucos sonhos.

E hoje, somente hoje eu me permito a chorar por você, permito demonstrar para mim mesma esse lado obscuro que sua ausência repentina me causou. Espero que um dia eu consiga esconder esse monstrinho que vive dentro de mim que você fez questão de deixar amostra, mas não agora. Hoje eu me permito demonstrar toda essa fraqueza que a sua ausência me causou, mas apenas hoje.

Feliz ano novo para mim, que meu(s) desejo(s) se realize(m).


quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Início do fim? Fim do início?



Depois de tantas idas e vindas, caídas e tropeços, cá estou eu me reerguendo outra vez. Talvez o meio mais fácil que encontrei foi transformar em palavras aquilo que me consome a cada dia. Sem pretensões! Não vim aqui para impressionar ninguém com a minha escrita (que não é lá essas coisas) e muito menos comover alguém, até mesmo porque não faz muito sentido tudo que escrevo.

Para mim, todo fim é um processo difícil, que exige muito: energia, tempo e emocional. Ah o emocional, queria tanto que houvesse uma dessas pílulas mágicas que fizessem com que o dia seguinte fosse um dia melhor, sem lembranças agonizantes que te tiram o sono e te levam a lágrimas.

Todo fim traz com ele um processo de auto conhecimento, daqueles que beira ao desespero de tão enlouquecedor que aparenta ser. Conhecer um novo eu a cada fim me parece assustador. O novo sempre assusta. Descobrir que talvez o fim de um ciclo não seja culpa de alguém, mas sim, uma fatalidade da vida me deixa em parafusos.

E cá estou, finalizando um ciclo ao mesmo tempo que inicio um novo começo. Traduzir sentimentos em palavras nunca foi e nunca será uma tarefa fácil! Exige tempo, dedicação e muitos, mas muuuitos momentos de reflexão. Esse início reflete bem a fase que estou vivendo de total caos, meio desconexo e que parece não levar a lugar algum... e que um dia tudo isso faça sentido! Como dizia Los Hermanos “ esse é só o começo do fim da nossa vida”.

E que se inicie o começo do fim!